Vou mergulhar no jogo de cores que existe ‘a minha volta, mesmo apetecendo-me mergulhar na obscura solidão. Mas sei que isso vai fazer com que eu me sinta em baixo, e com que eu oiça coisas, sinta coisas, pense coisas que me farão ser triste e medonha.
Vou ter medo disto, daquilo, deste e daquele, apenas porque agora não sinto a tua protecção. Não sinto os teus dedos por entre os meus, não sinto os teus braços a tocar-me, não sinto o teu abraço, não sinto o teu cabelo, não sinto o teu cheiro.. apenas sinto as saudades que deixas-te comigo.
Não sei porque, não sei como, mas sei que o fizes-te de uma maneira inigualável.. se calhar, porque tu próprio és inigualável. Tal como era o meu amor por ti.

Antes sabia o que queria, sabia o que me faltava e sabia o que tinha. Continuo a saber o que tenho e a saber o que me falta, no entanto, já não sei o que quero.
Se calhar sei, mas não quero admitir. Apesar de o ter estampado na minha cara. A dor da tua falta, a dor da perda.. a dor da saudade, a verdadeira dor de uma pessoa que foi feliz, e continua a ser.. mas que há sempre alguma coisa que falta. No meu caso és tu.
Não és um capitulo fechado na minha vida.. mas se calhar deverias sê-lo.  Ou então não.. sei que não te perdi por completo.
Todas as vidas tem uma historia, fizes-te parte dela, completamente, no passado.. mas relaxa: continuas a fazer parte dela no presente, não tanto como antes. E sei que percebes o que digo.
Tudo isto parece absurdo, mas acredita que para mim, torna-se confuso perder algo de um momento para outro, tanto para mim, como para todas as pessoas que amam realmente.
Sempre viste o brilho que trazia nos olhos, sempre soubeste o que sentia.. mas na realidade, nunca me explicas-te a tua versão da historia. Provavelmente, é a peça que falta para conseguir-mos completar o nosso puzzle, a nossa história. Se eu te disser o que sinto, o que quero, e vice-versa, viveremos um para outro, como eu sempre quis que fosse.