Metade de mim que voltar a encontrar-te, quer voltar a tocar-te.. a outra metade quer seguir, deixar-te para trás, como se os sentimentos tivessem desvanecido por entre multidões.
Já foste verdadeiramente a minha vida, não tenho vergonha de o dizer, nem o vou negar.. mas a verdade é que neste momento não sei o que sentes por mim, nem sei o que pensas quando olhas para trás.
Gostava de puder ouvir os pensamentos das outras pessoas e gostava de voar, para me sentir livre.. a minha sobrevivência ia começar a depender de mim, e acho que isso é a única coisa que me faz retomar o meu lugar.
Sempre me disseram que a nossa felicidade depende de nos mesmos.. mas na verdade, se pensar-mos bem, nem sempre é assim. E quando amamos realmente, metade de nos foi entregue a outra pessoa e a felicidade foi também.. encontra-se agora, nas mãos de duas pessoas.
Mas isso era em tempos. Agora sei que tenho todo o espaço de manobra e sei que tu queres que eu seja feliz. Sei que vais estar comigo quando eu precisar de ti (e não só ai.), mas não te posso obrigar a mais nada, saber que te tenho comigo quando preciso é confortante o suficiente.
E metade das pessoas que me conhecem neste momento estão a dizer: “mas ela queria-o de volta, mas sabe que ele se preocupa com ela e que lhe quer o melhor e que a ajuda.. isso é perder uma pessoa?”
Comparativamente ao “nosso” passado, sim, sem duvida alguma. Não me vou alargar muito mais, pois sei que o passado não volta e não vou estar sempre a bater na mesma tecla sabendo que ela não vai escrever mais.. sei que o nosso livro ainda não acabou e ainda existem muitos mais capítulos para ler.

Sinto falta da parte de mim que levas-te contigo, mas não quero largar a tua, que deixas-te aqui comigo.