domingo, 23 de outubro de 2011



Meu amor,
está é, provavelmente a primeira carta que escrevo sem destino.. nem sei muito bem porque é que comecei com um nome tão significativo. Há momentos na nossa vida que não têm tradução à linguagem corrente, simplesmente. E acho que estou numa dessas fases!
Ultimamente, não consigo mostrar nada daquilo que sinto, não consigo escrever tão facilmente, nem tenho tido tanta necessidade de ouvir música, coisa essa que antes, estava constantemente a fazer! Mas há dias em que não consigo controlar as minhas emoções.. Talvez sejam as saudades. Nunca consegui encontrar o termo certo para as classificar, nunca consegui pesquisar mais sobre elas, nem sei bem quais são as suas origens,  não sei bem o porquê, visto que as saudades são bastantes relativas para classificar a ausência de alguém ou qualquer coisa na minha vida. Até porque eu agora, tenho muito mais do que aquilo que tinha antes, excepto a peça que, despropositadamente, deixei cair pelo caminho.
Eu sei que ainda tenho muitas peças para encontrar e sei que ainda vou perder muitas delas ao longo da minha vida, mas eu sempre pensei mais no presente do que no futuro, e neste momento, falta-me a peça que me trás felicidade, conforto, carinho, falta-me a peça mais importante na vida de qualquer outra pessoa, a peça de um sentimento recíproco: o amor.
Provavelmente, a pessoa a quem estou a escrever esta carta, cuja identificação eu não sei, está no meu futuro, e sim, “eu acredito no destino”!
A verdade é que estou farta de esperar pelas peças/pessoas que deixei cair durante a minha caminhada, e se essas pessoas não voltam é simplesmente, porque não o querem!
o que é verdadeiramente nosso, não volta, e sabem porquê? Porque o que é verdadeiramente nosso nunca vai! Posso escrever mil palavras, posso dizer que tenho saudades, posso dizer que não aguento, posso dizer que não quero, mas a verdade vai continuar a ser só uma: quem não me quer, não me tem. E não vou mudar os termos, porque sei que muitas das pessoas que eu quero não vou poder ter. Mas isso é outra história, outra faceta da minha vida.
Acho que começo a compreender a falta de necessidade que tenho vindo a perder de ouvir música.. a verdade é que quando eu passava a tarde a ouvir musica, passava a tarde a recordar(-nos), mas isso teve de acabar, e o ponto final que eu tinha de ai colocar começou pelas músicas que ouvia. Antes, o meu maior medo era perder-te, e agora que já não te tenho comigo, o meu maior medo é poder voltar a ter a oportunidade de te ter.. porque sei que mesmo estando a anos luz disso, vou ter medo novamente de te perder, vou (continuar a) amar-te como (sempre) antes foi, vou (continuar a) sonhar, vou ser (novamente) feliz (contigo)!
Tudo aquilo que eu já te disse, todas as vezes em que te transmiti as certezas que tinha pelo nosso amor, tu vais continuar a sabê-las, e podes nem sequer as recordar, mas a verdade é que essas certezas vão continuar no capítulo da nossa felicidade mutua, aí dentro, i belive it.
A culpa disto tudo é tua, foste tu que depois de me roubares o coração fugiste, não sei se o deixas-te pelo caminho ou se o levas-te contigo, mas a verdade é que ao menos sei que tu sabes que já tiveste nas tuas mãos, a minha vida.
Obrigada por me teres feito (por momentos) a mulher mais feliz do mundo, porque a verdade é que conseguiste voltar para mim sem eu fazer esforço nenhum, tirando (por momentos) esta dor insuportável que trazia no meu peito, o problema é que foi apenas psicologicamente.  
Tens uma grande pegada tua dentro de mim, e vais sempre fazer parte da história da minha vida. I like you.

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