segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Uma carta que nunca irá chegar.

"Ontem eu estava à tua espera. Tu chegaste e nem sequer direcionaste o teu olhar para mim. Foste logo abraçada por quem te ama e nunca te magoou. Ele não foi como eu, que prometi e não cumpri. Ele não prometeu cuidar bem de ti, nem te fez juras de amor eterno, no entanto, é ele que te está a fazer feliz.
Lembras-te quando eu chegava e tu largavas toda a gente só para me vires dar um beijo? Pois é… Ontem eu tive a perceção do que é estar do outro lado e ser a “gente” que tu deixavas.
Até ontem não tinha percebido o que era realmente ter-te perdido. E temo o facto de agora o saber. Porque estás apaixonado por outro alguém que não eu. Porque as tuas mensagens agora já não têm o meu remetente e muito menos o meu nome continua a ser aquilo que tu me chamavas sempre: “Docinho”.
Pois é… Durante todo este tempo que estive longe de ti nunca me tinha apercebido da falta que as tuas palavras de conforto me faziam. Embora te continuasse a procurar em todas e quaisquer raparigas que passavam e me olhavam. Nenhuma tinha o teu cheiro, embora eu fechasse os olhos para tentar senti-lo. Nenhuma tem a tua voz meiga, o teu toque e a calma do teu respirar. Tu és única.
Que saudades das tuas mensagens de bom dia e daqueles “boa noite” demorados. “Desliga tu, não, desliga tu amor. Oh, amo-te”… Depois de tanto tempo ainda continuávamos a ser uns lamechas. Mas que saudades tenho eu de adormecer a ouvir a tua respiração porque já tinhas adormecido…

Bem, acho que já disse tudo o que o meu coração prendia; pois já proferi o teu nome imensas vezes.  Desculpa por não ter sido o homem que tu esperavas que eu fosse. Mas não te esqueças que eu te amo. E que és e sempre serás o melhor da minha vida."

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