Já não espero mensagens tuas a
toda a hora, muito menos palavras de conforto ou olhares com saudade. Agora
apenas procuro o teu sorriso que faz os meus olhos brilharem e os teus olhos
que me fazem sorrir.
Deixei de querer viver um amor
real, comecei a preferir viver o meu amor idealizado. A vida é longa, e eu
tenho tempo de encontrar alguém com quem fazer a minha família. Mas agora eu só
quero amar. Eu só quero amar-te. Porque embora tu estejas tão distante de mim,
já estiveste perto e isso ainda me conforta.
O teu cheiro ainda não saiu de mim
e o teu aconchego é relembrado sempre que a saudade aperta e tu estás longe
fisicamente.
Talvez, muitas vezes, preferia
ter-te longe fisicamente, porque tu não sabes o sufoco que é ter-te ao meu lado
e não puder sentir-te, não puder beijar-te, tocar-te.
Talvez um dia poderei,
eventualmente, deixar de pensar tanto em ti, desejar-te menos: “longe da vista,
longe do coração”. Mas sei que irei continuar a amar-te. Não porque queira
ficar presa a ti para sempre. Mas porque os amores verdadeiros são para toda a
vida.
Se eu pudesse, sistematicamente,
chamar-te de “meu” sem ter medo de quem poderia estar a ouvir, talvez este amor
não tivesse o mesmo sabor. Talvez eu não gostasse desse sabor. Mas amar-te-ia
da mesma maneira. És o homem dos meus sonhos. E embora tenhas tantos defeitos,
iria relembrar-te imensas vezes que és perfeito aos meus olhos.
Amo-te tanto que, se pudesse,
dar-te-ia todos os planetas e todas as estrelas. És e serás sempre o amor da
minha vida.
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